quarta-feira, 5 de março de 2014

Filme: Trapaça

Na noite do dia 4 de março de 2014, vi com o Saulo ver o filme "Trapaça". Não bastasse o calor que está fazendo na cidade, o cinema se mostra incapaz de proporcionar conforto quando suas salas estão lotadas.

David O. Russel pra mim é um trapaceiro, pois o lobby de seus filmes são muito bem feitos, à ponto de serem vendidos como obras de arte, quando são no máximo razoáveis, vide "O Vencedor" e "O Lado Bom da Vida". Trata-se de um excelente diretor de atores, pois algumas cenas de seus filmes são marcantes, porém nada que o faça ser uma dinvidade da sétima arte, como muitos pregam. O próprio já declarou ser diretor de personagens e não de enredos.

Por falar em atores, o elenco de Trapaça é o grande carro chefe deste filme, sendo mais interessante que o roteiro que de original não tem nada e o exuberante figurino e maquiagem dos atores. O filme apresenta a história de Irving Rosenfeld (Christian Bale mais gordo do que nunca) personagem inspirado em Mel Weinberg, um trapaceiro condenado real que foi contratado pelo FBI no final dos anos 70, início dos anos 80, para auxiliar em uma operação. 


Irving é um grande trapaceiro, que trabalha junto da sócia e amante Sydney Prosser (Amy Adams belíssima como sempre). Os dois são forçados a colaborar com um agente do FBI (Bradley Cooper no melhor estilo anos 80, cada vez mais seguro em seus papéis), infiltrando o perigoso e sedutor mundo da máfia. Ao mesmo tempo, o trio se envolve na política do país, através do candidato Carmine Polito (Jeremy Renner correto em seu papel).

 Os planos parecem dar certo, até a esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence estonteante. Ela vale o ingresso na melhor cena do filme em que interpreta "Live and let die de Paul McCartney), aparecer e mudar as regras do jogo.



O filme é um relato ficcional do Abscam (abreviação de golpe Arab), escândalo do final dos anos 1970 e início de 1980: uma operação do FBI, que começou como uma investigação de tráfico de bens roubados, mas mais tarde foi expandida para incluir corrupção política. Ao contratar Weinberg em 1978, o FBI lançou sua maior operação com o objetivo de derrubar funcionários públicos corruptos. 

O filme tenta se assemelhar a clássicos de Martin Scocerse, como "Os Bons Companheiros" e "Cassino", e logra êxito, especialmente nas reviravoltas, no entanto, o que decepciona, é o filme não ser tudo aquilo que nós esperávamos. O ritmo do filme não ajuda, a montagem não é das melhores. Fico a me perguntar como indicaram ela para o Oscar 2014... Só muito lobby mesmo... Nota: 6,0/10

Segue trailer:

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