segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Selma – Uma Luta Pela Igualdade

Na noite do dia 9 de fevereiro de 2015, fui ao UCI Cinemas do Shopping Iguatemi com a Mariana ver o drama Selma – Uma Luta Pela Igualdade (Selma, 2014) de de Ava DuVernay que conta a cinebiografia do pastor protestante e ativista social Martin Luther King, Jr, interpretado com uma simplicidade tocante por David Oyelowo.
O longa acompanha as históricas marchas realizadas por ele e manifestantes pacifistas em 1965, entre a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital do estado, Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana, numa campanha perigosa e apavorante que culminou na épica marcha, que galvanizou a opinião pública americana e persuadiu o presidente Johnson a apresentar a Lei do Direito ao Voto de 1965.

No ano em que completa 50 anos deste momento crucial do Movimento dos Direitos Civis, o filme vem a calhar por tratar do tema racismo e de certa forma contribuir para que a humanidade não venha a esquecer das atrocidades cometidas num passado ainda recente.

O roteiro é extremamente linear, seguindo a cronologia dos fatos e com direito a explicações demais, menosprezando a inteligência dos espectadores. Apesar do peso dramático, algumas cenas estão ali apenas para chamar atenção, acabam tirando um pouco o foco do filme, como a cena em que a Oprah apanha, e um jovem é assassinado num restaurante. O elenco de apoio está excelente, especialmente

Não gostei do ritmo do filme, achei um tanto quanto lento e confuso em sua montagem, especialmente ao apresentar detalhes irrelevantes, com direito a letreiros indicando locais e datas, de episódios como uma ligação telefônica no meio da noite, uma visita inesperada de Malcom X à esposa e de Luther King, entre outros. As marchas pacíficas, sem o uso de violência por parte dos manifestantes, são o ponto alto da trama, especialmente quando vemos imagens reais do ocorrido.

No entanto, merece elogios o fato do longa não apresentar King como um mártir, como costumeiramente vemos. Enquanto que vemos muitos políticos tornando a religião um viés político, no filme vemos que Martin Luther King fez o caminho inverso, ao fazer da política, sua religião.

O filme foi indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme e Melhor Canção Original com Glory, de Common e John Legend, que já ganhou o Globo de Ouro e é a favorita à premiação da academia. Nota: 7,0/10,0 - ★★★

Segue trailer de Selma – Uma Luta Pela Igualdade:

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